terça-feira, 10 de junho de 2008

Não deu.

Hoje eu tentei iniciar uma atividade com o 7° ano (antiga 6a série) do CEROM (Teresópolis) sobre a Idade Média, mas não deu certo. A idéia era ensiná-los a jogar "Age of Empires" no computador (contando com a ajuda dos que já conhecessem o jogo) para, posteriormente comparar determinadas características que já estudamos da Idade Média com as características da fase "Feudal Age" do jogo. Para isto, disponibilizaria para os alunos, além do livro didáticos, alguns trechos do livro paradidático "Como seria a sua vida na Idade Média".

Para quem não conhece, "Age of Empires" é um jogo de guerra e estratégia, no qual você "desenvolve" uma civilização e enfrenta adversários também em "evolução". A idéia era estimular olho clínico dos estudantes, fazendo-os diferenciar os elementos do jogo que estavam inspirados em características reais da Alta Idade Média (como o papel das fortalezas, o peso da agricultura, o comércio incipiente, a riqueza com base na terra) de elementos, digamos, pouco fidedignos (o papel pouco significativo da igreja e a ausência de hierarquia religiosa, por exemplo).
Ainda acho a idéia boa, mas o fato é que não deu certo. Diversos problemas ocorreram. O primeiro foi a dificuldade de instalar o jogo nos computadores da escola: não poderia usar cópias piratas (detalhe: o site do jogo disponibiliza um "demo" gratuito que eu não pude baixar, pois não há internet na escola); os computadores da escola não lêem DVD (a professora Magali, de português, conseguiu o jogo original em CD) e o jogo só "rodava" com o cd no computador, coisa que não acontece no meu computador. Resultado: acabei tendo o jogo em apenas três computadores (contando o Laptop do Estado que estava comigo) para 18 alunos. Os alunos aprenderam a jogar de três em três em dois grupos de 9.
Alguns gostaram, outro acharam muito chato o jogo. Acredito que isto ocorreu principalmente em virtude da pequena quantidade de computadores disponíveis para a atividade. Mas não foi só isso: as meninas tiveram muito menos interesse pelo jogo do que os meninos, e creio que isto eu poderia prever. A minha atividade foi por água a baixo pois muitos não chegaram nem a entender a lógica do jogo, que dirá jogar. Vou usar apenas o livro didático e o paradidático para fazer uma outra atividade.
Fica a lição: usar o computador (ou qualquer recurso não-cotidiano) só testando com antecedência. E sempre ter uma atividade extra na manga. Mas neste nosso corre-corre, isto é possivel?

Um comentário:

Daniel Simon disse...

Querido irmão,entendo sua frustração,vc tenta fazer uma aula diferente e não deu certo.É um absurdo pela taxa tributária do Brasil não ter ensino um educacional decedente e estrutura necessária para o professor dar sua aula.