quarta-feira, 30 de abril de 2008

O que sabe o professor que erra

Este título, inspirado no livro "O que sabe quem erra?" de Maria Teresa Esteban, seria o de um artigo que eu escreveria sobre todos os meus erros como professor após o meu primeiro ano em escola pública, e o que eu aprendi com isso. Este artigo ficou só na vontade, pelo menos por enquanto.
Aqui, ele ganha um outro sentido: refletir sobre os preconceitos que estão introjetados nas minhas reflexões e nas minhas ações. Relendo o que eu já escrevi aqui neste blog, percebi que tinha um tom meio arrogante: parece que eu nunca erro nada, que pairo sobre os outros professores, reles mortais defeituosos. A vida não é assim.
Eu já me peguei sendo machista, homofóbico, elitista, racista, etc, etc. Esta semana, mesmo. Como a nossa profissão é um ataque constante à nossa auto-estima, o risco é de nos considerarmos fracassos ambulantes. Não. Estes erros só evidencia a nossa humanidade e superá-los faz parte da nossa caminhada.
A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Eduardo Galeano

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